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Princípios práticos para a Excelência na Prática de Banda

Princípios práticos para a Excelência na Prática de Banda​



1. É preciso respeitar o público!

Tocar, sem a preocupação de observar a ambientação, focado apenas na execução e desatento ao volume e reação do público, indica imaturidade musical. 

2. É preciso tocar para a banda e cantar para o vocal

Executar, sempre pensando no time, e não apenas no instrumento que está tocando ou na própria voz. O som coletivo é o que se espera.   

3. É preciso adequar-se ao ambiente, condições sonoras e acústicas

Chegar mais cedo, escutar seu timbre, perceber se o som individual (instrumento ou microfone) está confortável para todos. 

Cordas velhas = som feio  

Registro errado de teclado = Sonoridades estranhas e indesejadas… 

Vozes não aquecidas = ressonâncias incompatíveis, o que resulta em desafinação. 

4. Jamais tentar ser maior que a música, pois a música é sempre maior que o músico e o cantor. 

Limitar-se ao arranjo proposto e à composição, é ser sábio.  

Improvisos e/ou interpretações são sempre bem-vindos, mas quando se sabe como e o que fazer. 

Nessas horas é bom lembrar que a linha entre o que é bonito e o que é extremamente feio, é muito tênue.   

5. Respeitar os fundamentos harmônicos. 

 Compreender a melodia e respeitá-la. Músico excelente não “mata”, mas serve à melodia. 

Em uma banda, cada músico precisa saber o seu papel na harmonia e no ritmo, pois isso é que faz toda a diferença.   

6. Executar bem a função designada e permanecer nela. 

 Em todo arranjo, já está definido a função de cada um.  

Abandonar a designação harmônica do time, em busca de uma frase ou improviso, é desrespeitar os colegas; tal qual um jogador que passa a bola para o time adversário! 

7. Mixar com o restante do time. 

 O instrumento da pessoa que está responsável por ele, ou a voz de determinado cantor, não precisa de mais volume para aparecer; o timbre já faz essa função para cada caso. 

Sempre que ocorrer o ouvir somente a si próprio, isoladamente ou em destaque do todo, irá ocasionar desajustes irreparáveis. 

Entender os detalhes do arranjo e perceber quem está responsável pela melodia, pelo solo, tanto vocal quanto instrumental, é fundamental. Nisso consiste toda a dinâmica de uma música. 

8. Entender 100 % do arranjo. 

 Estudar e compreender um arranjo, passa por saber bem a estrutura da música, a métrica em cada parte da estrutura, a divisão rítmica designada para tal e o conceito estilístico requerido. 

 9. Interpretar: Curtir, respeitar, encontrar os espaços.  

Quando todos demais itens acima são respeitados, chega a hora de interpretar, e para interpretar bem, todo músico precisa “curtir” o que está tocando. Oferecer suas ideias e contribuir com a música, mas sempre respeitando a harmonia, o time, os padrões, ou seja, encontrando os espaços.  

10. Lembrar que pausa também é música. Nesse sentido, é importante que haja tempo de respiração. 

Músico que nunca para de tocar, dificilmente consegue ouvir os outros.  

Nem todos precisam tocar o tempo todo, a música quase sempre é progressiva nesse sentido.  

11. Ter real noção do meu nível técnico em relação ao restante do time. 

 Isso ajuda muito e faz toda a diferença!  

12. Prática coletiva e prática de banda são coisas diferentes. 

São realidades bem diferentes: Quando tocamos ou cantamos sozinhos, a liberdade é bem generosa, sendo que podemos preencher todos os espaços e frequências.  

Contudo, quando tocamos ou cantamos com mais uma pessoa (duetos) já se faz necessário determinarmos limites para que o público possa compreender nossa execução. À medida que isso vai aumentando para trio, quarteto, quinteto, até chegar numa banda completa, a regra do menos é mais se torna essencial, imprescindível.   

Espero ter ajudado! Abraços!

Pr. Júnior Camargo
linktr.ee/juniorcamargo

Sobre o autor
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Junior Camargo é pastor de adoração e, desde 2004, dedica-se ao cuidado e pastoreio de músicos, cantores, técnicos e artistas em geral.

Sua prioridade é, primeiramente, cuidar do coração do voluntário e, assim, posteriormente, construir naturalmente nesse voluntário, um desenvolvimento ministerial.

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